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Da concepção ao pós-parto, com mais consciência

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Depoimento de Danielle, esposa do Caio e mãe do Filippo

O primeiro contato que tive com o trabalho da Bela foi antes de engravidar. Como curiosa que sou, estava “zapeando” pela internet por sites sobre maternidade, e encontrei o “Projeto Maternidade Consciente”. Achei fantástica a proposta e não tive dúvida em entrar em contato para marcar uma sessão. Ainda demoraria 4 meses para a primeira tentativa de engravidar quando encontrei a Bela pela primeira vez, levando todos os meus fantasmas, que iam desde o meu medo de não conseguir engravidar, à angústia de dar alguma coisa errada, passando pela ansiedade do parto, e pela insegurança  quanto à amamentação, fora todas as questões mal resolvidas que herdamos do nosso histórico familiar, de minha relação como filha, e que na minha opinião influenciariam a minha relação como mãe.

Bem, a cada conversa, a cada encontro, todos os meus fantasmas foram sendo afastados, absolutamente todos. Bela me ajudou a trazer à consciência tudo o que me impedia de acreditar em mim como mulher.

Engravidei na primeira tentativa, e ela foi a primeira a saber (porque não conseguia falar com o meu marido, e ela me ligou poucos minutos depois do teste). Aos poucos tudo foi clareando e eu fui enxergando o que eu queria e o que eu achava que fosse melhor para mim, para meu filho e para meu marido. Desde os profissionais que nos acompanham até hoje, até o tipo de parto, todas as escolhas e decisões, tudo foi se delineando a partir do que conversávamos.

Minha gravidez foi tranquilíssima, nenhuma intercorrência. E tenho certeza absoluta de que a confiança que ela me ajudou a adquirir sobre o meu corpo e minha capacidade de gerar uma vida foi essencial neste processo. Nossos encontros, alguns sozinha, outros com meu marido junto (devo dizer, de quem tive todo o apoio e que foi um pai presente, perfeito e dedicado desde sempre, em todos os momentos), iam desmistificando todo o estereótipo cultural que nos bombardeia sobre a gravidez, parto e maternidade. Foi uma das melhores fases da minha vida, me senti maravilhosamente bem, não restringi praticamente nenhuma das minhas atividades, não perdi tempo com paranóias e cheguei ao final com muita coragem, confiança e segurança para o parto, simplesmente não passava pela minha cabeça que alguma coisa podia dar errado.

Com a intimidade que fomos criando, não podíamos pensar em outra pessoa para ser nossa doula senão ela, que nos apoiou a todo momento, com muito carinho, respeito, dedicação e competência. Foram 27 horas de bolsa rota, com ela ao nosso lado praticamente todo o tempo. Fazíamos os exercícios de respiração que treinamos anteriormente, as posições, ela ia me ajudando a acreditar no meu potencial, a me entregar ao processo desconhecido sem qualquer tentativa de controle, buscar meus instintos, e a me conectar com o Filippo. Era como se eu já tivesse passado por aquilo antes, a cada contração sentia que estava mais perto de ver meu filho, e sabia que estava tudo bem, tudo muito natural.  E ele nasceu num parto lindo, perfeito, natural humanizado, no hospital, de cócoras, debaixo do chuveiro, sem qualquer intervenção médica. Veio imediatamente para os meus braços e mamou na primeira meia hora de vida. Não existe sensação maior de empoderamento do que essa, a de ser capaz de gerar e dar à luz, de se sentir fêmea. E a satisfação de se sentir respeitada como mulher em todos os sentidos, de sentir meu filho bem, perto de mim, e de ver tudo isso possível graças às decisões que fizemos lá atrás, de optar por um parto ativo, de escolher profissionais preocupados com a humanização, e de estarmos preparados.

Bela, Dani e Filippo, logo após seu nascimento, recebendo todo o amor de sua mãe


A maternidade para mim foi um processo de aceitação, que hoje é a maior felicidade da minha vida, e mais uma vez a Bela teve um papel fundamental. Após o parto continuamos nossos encontros, e eu digo com convicção que o Filippo tem uma mãe melhor do que eu seria graças a ela (e ao meu marido). A começar pela dificuldade com a amamentação, hoje totalmente superada com sua ajuda. Nem tudo são flores neste começo de maternagem, muita coisa escondida vem à tona, e mais uma vez escolhas conscientes que ela me ajudou e ajuda a realizar fazem toda a diferença. Estamos decidindo tudo pelo nossos filhos enquanto eles são pequenos, e a responsabilidade é grande, porque disso dependerá a pessoa que ele será no futuro. Vivemos numa sociedade que nos afasta de nossos instintos, do que é natural, do que é saudável, do que é simples, do que é verdadeiro, e na minha opinião, do que é amor. Espero fazer alguma diferença no mundo fazendo minha parte para resgatar esses conceitos, que meus filhos sejam reflexo dessa opção e que tudo isso se reverta em prol de uma humanidade melhor e mais evoluída.

Enfim, a Bela é nosso anjo da guarda e faz parte da história da nossa família. Além de competentíssima, ela fala a coisa certa, o que é preciso ouvir, manda a mensagem certeira, e enxerga o fundo da questão. Não fica na superficialidade daquilo que nosso pensamento traz. Muito obrigada por tudo, Bela. Se o mundo for melhor um dia, se sinta responsável por isso também.


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